quarta-feira, 31 de julho de 2013

Livro: O colecionador

     
       Frederick Clegg é um funcionário público que coleciona borboletas, e tem um amor platônico por Miranda, uma garota linda, estudante de artes, que mora em frente ao seu local de trabalho. Ele leva uma vida simples e enfadonha, é um homem tímido e conservador, até que certo dia ganha uma bolada na loteria. Com isso ele dá uma viagem para sua tia e sua prima, que tem problemas mentais, com as quais mora. Larga o emprego e passa a observar por mais tempo seu amor, Miranda, imaginando que agora  possuidor de tanto dinheiro existe uma chance de ficarem juntos.
   Com o passar das semanas Clegg acaba comprando uma casa com porão e bunker que viu em um anúncio. Após comprar a casa ele faz diversas reformas contra ruídos, transforma esse abrigo em um quarto com todo tipo de produtos femininos, roupas, CDs, livros, muitas telas e tudo o que acha que poderia impressionar Miranda. Um mês depois, com a casa pronta e já conhecendo todos os lugares que Miranda vai e seus horários, ele arma uma emboscada, sequestrando-a e tranca-a neste quarto. Então Clegg passa a tentar conquistar Miranda, porém sem nenhum sucesso.
       O livro é contado na maior parte do tempo por Clegg descrevendo seu empenho em fazer Miranda sentir-se em casa, sentir-se bem, para que com o passar do tempo ela comece a sentir o mesmo amor e admiração que ele sente por ela. Porém Miranda se mostra totalmente descontente e enojada pelas desesperadas tentativas de seu aprisionador em agradá-la, sendo achando ser alguém superior a ele, e convenhamos superior a todos... Há um trecho da história em que o narrador passa a ser a própria Miranda, contando seu dia a dia de sua prisão, em uma espécie de diário
       Quando você começa a leitura você não imagina de maneira nenhuma que ele irá acabar como acaba. O que quero dizer é que você percebe que Clegg tem problemas de inferioridade e que ele é diferente, mas ele se mostra apesar de seus atos, dócil. Conforme a história vai discorrendo e você percebe o que esta por vir é angustiante.
       Eu li O Colecionador em 2009, mas consigo sentir hoje a mesma angustia que senti 4 anos atras ao passar pelas suas páginas. Continuo inconformada com as atitudes de Frederick, pois ele me comoveu de uma maneira impressionante no início da leitura.  
 O autor, John Fowles, nasceu em 1926 em uma cidadezinha a 40 milhas de Londres. Dos 13 aos 18 anos ele ficou em um colégio preparatório para a universidade,só para garotos. E logo após iniciar a universidade, no ano de 1945 ingressou no serviço militar obrigatório. Em 1947 quando o serviço terminou, a guerra também havia acabado e ele decidiu não seguir a carreira militar.
       Com o passar dos anos e o contato com obras de escritores Franceses ele passou a desenvolver o gosto pela profissão, e nos anos seguintes escreveu alguns contos e novelas, mas sem nenhuma publicação propriamente dita. No fim de 1960, Fowles possuía em mãos o primeiro rascunho de O Colecionador, ele levou apenas 4 semanas para criá-lo. Mas foi somente em 1962 que sua obra foi publicada depois de ser revisada.
       Esta foi sua primeira obra. Nos anos seguintes John publicou outros trabalhos como The Aristos (1964),  The Magnus (1965) e A Amante do Tenente Francês (1969). Este último título sendo o seu mais famoso, este romance lhe gerou vários prêmios e em 1981 foi gravado um filme com a Meryl Streep baseado no mesmo.
     
Fontes:



"Por simplesmente sentir uma falta e uma saudade absurda de pessoas e coisas que eu nunca vi, de lugares que nunca andei, de coisas que eu nunca fiz..."






















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